Há noites mal dormidas que nos trazem velhos fantasmas. Aquele medo teima em reaparecer. Já não sou capaz de olhar o espelho com medo do que o meu reflexo me possa dizer. Tenho medo de não me encontrar.
Mas afinal o que é que eu sou? O que é que valho?... Muitas vezes a melhor resposta que encontro é: NADA.
Este sentimento de não ser entendida, de não ser acarinhada, de não encontrar força, de não ser nada vai destruindo-me ao poucos e, em breve, não restará nada. Para me entregar ao abismo falta, apenas, um passo ou um desequilibrio, talvez.
E encontro, apenas, uma certeza: ninguém vai procurar-me depois porque a solidão faz, já, parte do meu código genético.