Há coisas que não podem ficar entaladas cá dentro!

02
Jan 15

Numa época em que pairam no ar desejos, ambições, promessas e sonhos apenas as velhas sensações, as velhas histórias se acercam.

O meu único desejo é que tudo mude porque o cansaço se apudera de mim, porque a única companheira que me segue é a lágrima de todas as noites.

Sou incompreensível. Sou-o até para mim própria.

Sou inconstante.

Sou uma máscara de felicidade durante o dia. Uma máscara que cobre toda a tristeza de um olhar perdido.

Sou um turbilhão de tudo.

Sou nada.

 

 

publicado por Palavras Rasgadas às 15:53

20
Jun 13

As forças teimam em fugir... Já não sei quem sou e o que faço aqui. Na minha vida juntam-se demasiadas causas perdidas e este sentimento de nada corre-me no sangue. 

 

Lutar para quê? Para andar num jogo de levanta e cai??

 

Tou demasiado cansada e sem forças para levantar mais uma vez!

publicado por Palavras Rasgadas às 12:03
sinto-me: Sem força

08
Mai 13

Estes dias teimam em não passar passando,

São duros os momentos em que o pensamento me leva ao que "podia ser"...

Mas não é! E não sei quando vai ser.

Este constante viver que é inconstante doi.

Tomamos decisões porque em algum momento, na nossa fraqueza,

Temos de ser fortes. Porque em algum desses momentos de uma fraqueza em que me assumo forte

preciso pensar que a melhor decisão foi tomada.

Mas qual é a melhor decisão quando nenhuma das opções passa por o que nos faz verdadeiramente felizes?

 

Esta constante falta de fazer falta a alguém...

Esta insarável ferida de querer estar bem...



publicado por Palavras Rasgadas às 22:54
música: Given Up - Linkin Park
sinto-me: Vazia

02
Mar 12

 

"Meu lema é: a linguagem e a vida são uma coisa só. Quem não fizer do idioma o espelho da sua personalidade não vive; e como a vida é uma corrente contínua, a linguagem deve evoluir constantemente"

 

Guimarães Rosa

 

 

 

 

Já lá vão alguns anos, que a mim parecem já muitos, desde que aprendi a escrever. Naquela altura sentia que cada passo era importante: uma letra, depois outra, as duas juntas... e de repente PLIM PLIM PLIM uma palavra. Sentia que podia fazer magia com a minha varinha mágica de ponta de carvão!

 

Fui crescendo e a minha escrita também! Pouco a pouco fui conhecendo o necessário para que aquilo que escrevia fosse perceptível. Simples respostas de testes eram um verdadeiro desafio! Tantas palavras que podia utilizar, quais seriam as melhores? Claro que nem sempre escolhi as mais apropriadas mas até com isso aprendi. O problema, chamemos-lhe assim, é que esta miúda era teimosa e insaciável. Queria mais. E ainda hoje continua a querer. 

 

Sinto que o meu cérebro é um poço sem fundo! Um poço que não quer sentir secura e que quanto mais água o céu lhe dá mais a sede aumenta. E quero muito sentir esta sede até o dia em que morrer porque só assim terei a certeza que tive vontade de crescer a cada dia.

 

Pego numa folha e começo a rabiscar. Uma palavra seguida de outra e outra e de repente PLIM PLIM PLIM mais um truque de magia: por trás de uma ortografia medonha consigo esconder uma sequência de palavras, às vezes com um significado quase tão medonho como o seu arredondamento, mas não deixam de ser as palavras que eu escolhi usar para desenhar aquilo que penso, que sinto ou que simplesmente anseio dizer.


Pelo menos aqui posso rasurar, apagar ou emendar aquilo que não está tão bem… as palavras ditas essas não voltam atrás. 

publicado por Palavras Rasgadas às 19:44
música: A Carta que nunca te escrevi - Boss AC
sinto-me: Com vontade de escrever

13
Out 10

Grande parte do meu passado está no canto das memórias "para apagar". Smplesmente ainda não cliquei na opção "apagar" porque, apesar de tudo, são uma lição. Se hoje sou o que sou é porque todas aquelas experiências passaram por mim. Eu sou aquelas experiências. Sou as quedas que dei, o resultado dos problemas em casa, o que sobrou da morte de um ente-querido...

 Temo o futuro... temo-o porque o dia de amanhã está traçado e não sei o que ele me reserva. Prefiro pensar no "agora", no "amanhã", no "depois de amanhã"... vá, no "daqui a dois ou três anos". Mas mais que isso não consigo. O medo de sonhar demasiado alto mistura-se com o de voltar a cair. Não sei quantas quedas aguento mais... Vou dando um passo de cada vez. É assim que me sinto segura.

Sei que hoje estou feliz... sinto-me bem com o que consegui. Sei a importância daquele que está ao meu lado, sei que o quero continuar a ter lá, e sei que ele também quer permanecer junto a mim. Isso para mim chega-me... agora!! E não, não digo "agora" porque talvez amanhã acorde e o que sinto mude. Sei que estes sentimentos viverão comigo para sempre. Digo-o porque a vida é feita de obstáculos e não sei até que ponto eu, ser humano, os conseguirei suportar.

 

No futuro apenas quero poder dizer: "Hoje, eu sou feliz".

 

 

 

"Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que deseja,

Nem deseja o que cumpre."

 

Ricardo Reis

 

publicado por Palavras Rasgadas às 22:11
sinto-me: Feliz
música: Bon Jovi - It's my life

04
Ago 10

Vivemos num século marcado pela genialidade das ciências e das tecnologias. Todos nós respiramos produtos vindos de diversos pontos do globo e aos poucos vamos perdendo a nossa nacionalidade. Com o tempo vamos deixar de ser portugueses e passaremos a ser “mundanos”. Não há uma casa portuguesa que não tenha sido já engolida por produtos internacionais. Tudo em nós são estrangeirismos: desde a roupa à comida, passando pelos electrodomésticos que abundam nos nossos lares e até mesmo na forma de falar. Pronto, não digo que isto seja mau. Até é muito bom se pensarmos que é sinal que vivemos num mundo [quase] sem fronteiras, num mundo [quase] todo desenvolvido. O pior está exactamente quando começamos a perder aquilo que nos distingue dos outros povos.

Se começarmos por pensar na gastronomia o “nosso” belo bacalhau está a ser devorado pelos hambúrgueres de certas cadeias de fast food que abarrotam o nosso mercado e os de diversos países. Creio que o único que ainda não arranjou concorrente à altura foi o famoso vinho do porto que continua a vingar. Se calhar vinga mais no estrangeiro, mas não deixa de ser lembrado como um produto português.

Na literatura vamos aos poucos perdendo os nomes que nos faziam distinguir no meio da população literária mundial. E provavelmente se quisermos comprar um bom livro de um autor nacional vamos pagar muito mais por esse livro do que pagaríamos por um de um dos diversos autores estrangeiros que inundam as prateleiras das nossas livrarias.Viremo-nos agora para a música. O Fado, que outrora cantava a saudade e o amor numa marcante voz portuguesa, tem sido ultimamente trocado pelos ritmos mais carismáticos do pop rock com tons mais inglesados.

E na dança: o nosso folclore está a levar uma tareia do hip hop e de outras vertentes oriundas de outros países. É na imagem dos nossos folcloristas que transparece o pouco que resta da nossa história. E hoje somos a nossa história, é esse o nosso bilhete de identidade para o mundo. 

Não digo, de todo, para renunciarmos o que vem de fora. Digo sim que não devemos esquecer daquilo que somos feitos. Devemos ter orgulho em ser o bacalhau à Lagareiro, o vinho do porto, em ser Saramago e Pessoa, em ser Amália, em ser Vira, Fandango e Corridinho. Acima de tudo devemos continuar a dizer: “Eu sou português!”.

 

 

O meu contributo:

 

 

 

"A alma que é algarvia move o corpo pela tradição. Danço ao som do corridinho porque essa é a minha paixão"

publicado por Palavras Rasgadas às 22:21
sinto-me: Portuguesa
música: Alma Algarvia

07
Jul 10

 

 

 Visão:

 

Acordo e ponho-me em frente ao espelho. Sorrio. Aquela imagem que me reflete pode até não ser a de uma pessoa com uns olhos lindos e um corpo formoso, mas é aquela imagem que me dá a percepção que estou viva. Volto a sorrir. Enquanto olhar para o espelho e ver aquela imagem a sorrir para mim sei que vale a pena ter acordado. Sempre que ver aquela rapariga a sorrir sei que ela realmente tem motivos para viver.

 

Vivemos num mundo de aparências. Um mundo onde o nosso olhar capta a maior parte dos sentimentos que nos trespassam o coração. E se isso não acontece é porque preferimos andar às cegas a vaguear por ai. Ver com os olhos... ver com o coração.

 

 

 

Olfacto :

 

Vou por aí, algures. No meio de tantos inpirar e expirar algo me faz parar. Volto a inspirar, desta vez profundamente. "Eu consigo reconhecer este cheiro!" De repente sinto-me a viajar até algum dia da minha infância. Consigo sentir o calor do Verão no meu corpo em contraste com o fresco dos azulejos onde me sento. O cheiro a pão quente acabado de fazer é o mesmo. Lembro a minha mãe a trazer-me uma fatia desse mão e o cheiro agora está nas minhas mãos. De repente acordo e sorriu: "Bons tempos!"

 

Odores com que por vezes nos deparamos conseguem nos fazer viajar para muito longe. É em momentos assim que percebemos que afinal temos uma história. Para percebermos o presente temos de primeiro perceber o passado.

 

 

 

Paladar:

  

Adoro sentir o sabor do chocolate a despazer-se na minha boca. Vicio, dependência, prazer! Mil e uma sensações percorrem a minha alma entre o momento em que ponho aquele quadradinho de chocolate na minha boca e aquele em que por fim engulo aqueles restos de pecado. Gula!! Chamem-me pecadora!

 

Eu não diria que nós somos aquilos que comemos. Diria antes que somos todos os sentimentos degustativos que sentimos quando saboreamos aquilo que comemos. Serei então o exotismo do chocolate, a força do café, a frescura da água, a animalidade da carne...

 

 

 

Audição:

 

Do nada começa a dar aquela música. O nosso coração começa a palpitar mais acelaradamente. Deixamos de ouvir qualquer ruído que esteja à nossa volta. Todos desaparecem. O nosso cérebro automáticamente começa transmitir para nós aqueles versos. É incrível o que aquelas palavras nos fazem sentir. Cada uma é tão certa, faz tanto sentido. Aquela música deixa de ser de quem a está a cantar e passa a ser nossa.

 

Além de uma arte a música é um medicamento. A energia que muitas vezes procuramos nos lugares errados. Uma parte da nossa vida está escrita em meia dúzia de canções.

 

 

 

 

Tacto:

 

As minhas mãos vão deslizando no corpo dele. Cada sinal que encontram é um marco de sensação. A pele é tão calma no meu toque suave. Sinto o corpo dele responder como se pedisse mais. Toco a pele dele para ter a certeza que ele está ali. Preciso ter essa certeza e preciso mostrar-lhe que o encontrei. É uma necessidade constante de ter a certeza que estamos realmente juntos, que aquele sentimento realmente existe.

 

 

Sabemos que não temos complexos com o nosso corpo ou com o corpo dos outros quando tao facilmente fazemos uma festa na cara ou damos a mão a alguém com a mesma facilidade com que dizemos um "ola". Tocarmo-nos é um sinal de carinho, de amizade de união. Tocar alguém é forma mais facil e verdadeira de dizer "estou aqui do teu lado".

 

 

 

publicado por Palavras Rasgadas às 19:37
música: Feel - Robbie Williams
sinto-me: A sentir...

24
Mai 10

Olho para trás... tudo tem mudado com uma rapidez de certa forma assustadora. Há muito que deixei de ser aquela menina que corria pelos montes com os primos, aquela que se sentava durante uma tarde inteira debaixo do pessegueiro com o gatinho ao colo, ou a que se sentava ao sol posto nos degraus do terraço a comer o pão acabado de fazer. Há muito que deixei de ser aquela criança que se destacava dos outros, aquela que tinha o mundo nas mãos.

 

Já corri todos os montes que haviam para correr, o pessegueiro já não dá nem fruta nem sombra e os degraus estão empoeirados de esquecimento. Hoje percebo que sou só mais uma e que o mundo não está nas mãos mas sim nos pés.

 

Hoje sou o reflexo desses 19 anos que ficaram para trás. Sou a sabedoria de uma vida que ainda tem vontade de aprender mais, e mais... Sou todas as lágrimas que chorei e todos os sorrisos que esbocei. Sou todas as histórias que vivi e todas as que contei.

 

Sou 19 anos de vida e serei os que me restam viver.

 

Eu sou eu e é assim que vou continuar a ser...

publicado por Palavras Rasgadas às 15:25
sinto-me: Mais velha
música: Freddom - The beautiful Girls

04
Mai 10

Um sorriso compulsivo rasga o meu rosto. Um incessante desejo percorre o meu corpo. Somos os construtores deste nosso mundo e tudo o que quero é construi-lo o mais solidamente possivel. Quero resistir a qualquer vento, a qualquer tempestade. Vamos dar as mãos e correr para longe de tudo. Ficaremos isolados do mundo num mundo so nosso.

 

Susurra-me ao ouvido o que quero ouvir, por favor. Preciso de ouvi-lo. Abraça-me e não me largues. O medo de cair é tanto.

Salva-me desta escuridão que me assombra.

Mostra-me a luz e guia-me para a felicidade.

 

 

LY <3

publicado por Palavras Rasgadas às 14:35
música: Quero a felicidade - Daniela Mercury
sinto-me: Com medo de não ser feliz

29
Abr 10

"Que é a vida senão uma série de loucuras inspiradas."

(George Bernard Shaw)

 

 

Chamem-me louca!!! Sou uma louca que vive cada momento e para cada momento. Todas as loucuras que fiz foram porque o meu coração pediu e a minha cabeça não interferiu. E que bom é poder seguir o coração.

Se agora estou a sorrir é porque arrisquei, e só quem arrisca pode alcançar o que deseja! Hoje posso dizer: não me arrependo do que fiz... só do que não fiz. Não me arrependo de um único segundo que gastei a viver... a desejar... a amar...

publicado por Palavras Rasgadas às 17:24
sinto-me: Louca
música: Troco tudo por um beijo - Jorge Palma

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