Há coisas que não podem ficar entaladas cá dentro!

02
Jan 15

Numa época em que pairam no ar desejos, ambições, promessas e sonhos apenas as velhas sensações, as velhas histórias se acercam.

O meu único desejo é que tudo mude porque o cansaço se apudera de mim, porque a única companheira que me segue é a lágrima de todas as noites.

Sou incompreensível. Sou-o até para mim própria.

Sou inconstante.

Sou uma máscara de felicidade durante o dia. Uma máscara que cobre toda a tristeza de um olhar perdido.

Sou um turbilhão de tudo.

Sou nada.

 

 

publicado por Palavras Rasgadas às 15:53

17
Jun 14

Já perdi tanto. Continuo a perder tanto... o pior é que estou a perder também a vontade de viver.

Sinto-me uma marioneta nas mãos de um Deus com um sentido de humor muito estranho.

Vozes ecoam dentro de mim dizendo "não vales nada"... "não fazes nada bem" e isso cada vez faz mais sentido porque sinto por mim a mesma repulsa que os outros demonstram sentir.

 

Não sei o que descuidei mais, se foi a minha aparência se foi a minha cabeça... Porque neste momento parece que ninguém sente desejo da minha existência.  

publicado por Palavras Rasgadas às 21:14
sinto-me: Perdida

06
Abr 14

Já falei muito do medo que tenho da solidão. É aquele que me atormenta TODOS os dias. Às vezes, palavras e gestos mais doces escodem este medo não sei bem onde. Mas outras vezes, quando me sinto esquecida ou posta de parte, nem o travesseiro me consola. 

Fico cansada, muito cansada. Chego a questionar se vale a pena o tempo que dedico aos outros. Porque, pelos vistos, só sou lembrada quando precisam de mim. De resto... não existo. 

 

 

publicado por Palavras Rasgadas às 16:07
sinto-me: Esquecida

30
Mar 14

Há noites mal dormidas que nos trazem velhos fantasmas. Aquele medo teima em reaparecer. Já não sou capaz de olhar o espelho com medo do que o meu reflexo me possa dizer. Tenho medo de não me encontrar. 

Mas afinal o que é que eu sou? O que é que valho?... Muitas vezes a melhor resposta que encontro é: NADA. 

Este sentimento de não ser entendida, de não ser acarinhada, de não encontrar força, de não ser nada vai destruindo-me ao poucos e, em breve, não restará nada. Para me entregar ao abismo falta, apenas, um passo ou um desequilibrio, talvez.

E encontro, apenas, uma certeza: ninguém vai procurar-me depois porque a solidão faz, já, parte do meu código genético. 

 

 

publicado por Palavras Rasgadas às 13:43
sinto-me: nada

20
Jun 13

As forças teimam em fugir... Já não sei quem sou e o que faço aqui. Na minha vida juntam-se demasiadas causas perdidas e este sentimento de nada corre-me no sangue. 

 

Lutar para quê? Para andar num jogo de levanta e cai??

 

Tou demasiado cansada e sem forças para levantar mais uma vez!

publicado por Palavras Rasgadas às 12:03
sinto-me: Sem força

01
Jun 13
Solidão é perceber que se ta a cair no abismo e que não vai haver la ninguem para amparar a queda.

Solidão é perceber que se neste momento de afliçao não está lá ninguém é porque ja todos desistiram de ti.

Solidão é estares junto à pessoa que amas e o silencio provocar um sentimento de repulsa por ti propria.

Solidão é caires ao chão, procures uma mão e encontrares o vazio cheio de caras voltadas.

E o medo maior é que seja a Solidão a minha companheira de vida!
publicado por Palavras Rasgadas às 00:45

24
Jan 13

"[...] N'uma espiral, de estranhas contorsões, 
E d'onde saem gritos e lamentos, 
Vejo-os passar, em grupos nevoentos, 
Distingo-lhes, a espaços, as feições... [...]"


Num TurbilhãoAntero de Quental

 

 

 

Relendo o que escrevi em linhas passadas releio-me também. Continuo sem perceber se realmente perdi o meu dom (o de perdoar) ou se simplesmente aprendi a selecionar as pessoas que o merecem receber.

Nunca virei a cara a ninguém, no entanto quando comecei a perder a capacidade de perdoar (ou a ganhar a de selecionar as pessoas certas) comecei também  a não sorrir mais para algumas pessoas. Transformaram-se em simples desconhecidos, fantasmas do acaso de uma dessas ruas que, por vezes, cruzo.


E não me arrependo!


"Valeu a pena", penso quando esses fantasmas tentam assombrar o meu pensamento. Fiquei livre de certos pesadelos que me torturavam os dias, por isso "sim" valeu a pena. 

 

Mas também olho para aqueles com quem partilhei o meu perdão e vejo que fiz a escolha mais acertada. Porque, hoje, eles dão-me vida e fazem-me esquecer os fantasmas de outros dias.

 

publicado por Palavras Rasgadas às 23:39
sinto-me: A mesma!

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